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Ex-governador do Paraná, Beto Richa é preso junto com esposa e irmão


Beto e Fernanda Richa. Foto: Nani Gois/Alep
Casal foi preso na casa onde mora, no bairro Mossunguê, na Capital do Paraná. Foto: Nani Gois/Alep
O ex-governador do Paraná, e atual candidato ao Senado Federal, Beto Richa (PSDB), foi preso no início da manhã desta terça-feira (11) em Curitiba, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP). Além de Richa, foram presos sua esposa, Fernanda Richa; seu irmão e ex-secretário estadual de Infraestrutura, Pepe Richa; seu ex-chefe de gabinete no Governo do Estado, Deonildo Roldo; e seu ex-secretário de Cerimonial, Ezequias Moreira. As prisões são temporárias e têm validade de cinco dias. A investigação envolve a Patrulha do Campo, com denúncias de desvios em licitações para manutenção de estradas rurais.
Segundo informações obtidas pela Paiquerê, o primo do ex-mandatário do executivo estadual, Luiz Abi Antoun, foi outro detido, mas em Londrina, na rua Piauí, no centro. Joel Malucelli também tem mandado de prisão, porém não estava em casa.
Também foi deflagrada nesta terça pela Polícia Federal (PF) a 53ª fase da operação Lava Jato. Policiais cumprem mandados de busca e apreensão no Palácio Iguaçu e na casa de Beto Richa, no bairro Mossunguê, na Capital do Paraná. Apesar de acontecerem praticamente juntas, as operações são distintas. Nomeada Piloto, a operação foi deflagrada nos estados da Bahia, São Paulo e Paraná para investigar contratos da Odebrecht. Cerca de 180 policiais federais cumprem 36 ordens judicias nas cidades de Salvador, São Paulo, Lupianópolis, Colombo e Curitiba.
O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida em 2014 pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em favor de agentes públicos e privados no Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. As condutas investigadas podem configurar os delitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
Os presos serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça. A assessoria de Beto Richa informou que os advogados do ex-chefe do executivo estadual irão se pronunciar ao longo do dia.
Governo do EstadoEm nota divulgada logo após a prisão de Beto Richa, o Governo do Estado garantiu que está colaborando com todas as investigações em curso. “A governadora Cida Borghetti (PP) ressalta que não aceita nenhum tipo de desvio de conduta dos seus funcionários e que criou a Divisão de Combate à Corrupção para reforçar o combate à esse tipo de crime”, destacou. “O Governo do Estado vai aguardar a divulgação de mais informações a respeito dessa fase da operação Lava Jato para tomar outras providências”. Cida foi vice de Richa entre 2015 até abril de 2018, quando ele saiu do cargo para concorrer as eleições, em abril.
Mandados:ParanáLupionópolis– 2 mandados de busca e apreensão
Colombo
– 1 mandado de busca e apreensão
Curitiba– 28 mandados de busca e apreensão
– 2 mandados de prisão preventiva
– 1 mandado de prisão temporária
Salvador (BA)– 1 mandado de busca e apreensão
São Paulo (SP)– 1 mandado de busca e apreensão

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