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Luiz Abi Antoun tem prisão decretada em nova fase da operação Lava Jato


Operação Voldemort - Luiz Abi Antoun - Foto de Gilberto Abelha_JL
Luiz Abi Antoun não foi preso pois está em viagem fora do País. Foto: Gilberto Abelha/JL
O empresário Luiz Abi Antoun é alvo da 55ª fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta quarta-feira (26). A operação é um desdobramento da 48ª fase da Lava Jato e foi nominada Integração II. A investigação policial tem como foco a apuração de casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração. Policiais federais, auditores da Receita Federal e membros do Ministério Público Federal (MPF) participam da ação realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
Aproximadamente 400 servidores públicos participam das ações. Estão sendo cumpridos 73 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva e 16 de prisão temporária. Abi Antoun, que é primo do ex-governador Beto Richa (PSDB), teve a prisão temporária decretada, ou seja, com prazo de cinco dias. Ele porém não foi preso pois, de acordo com seu advogado, Anderson Mariano, está em viagem ao Líbano, com autorização da 3ª Vara Criminal. Em Londrina ainda estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão. Um dos locais é a sede da concessionária Triunfo Econorte, no jardim Alpes, na zona norte da cidade.
A partir da deflagração da primeira fase da operação Integração, com o avanço das investigação, a análise de todas as provas reunidas, os dados reunidos e acordos de colaboração premiada firmados por alguns investigados foi possível identificar a existências de núcleos específicos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter benefícios indevidos a partir dos contratos de concessão de rodovias federais no Paraná. Foram identificados os núcleos político, composto por altas autoridades do Governo do Paraná que agiam praticando atos de ofício em benefício das concessionárias e realizando influência política junto aos órgãos técnicos, técnico, composto por agentes públicos com estreita ligação com as empresas contratadas, que atuava na elaboração de aditivos contratuais fraudulentos, na formulação de planilhas para criar um suposto desequilíbrio econômico-financeiro em favor das concessionárias, assim como fiscalizavam as obras para poder obter ainda mais benefícios financeiros.
Outro núcleo seria empresarial, composto por funcionários, diretores e presidentes das concessionárias que se organizavam para ratear o pagamento de propina, propor aditivos com base em desequilíbrio econômico-financeiro fraudulento, cobrar do governo ajustes, o andamento ágil dos pareceres técnicos e a contratação dos aditivos, criar contratos de prestação de serviço fictícios com empresas, algumas indicadas pelo próprio governo, para produção de dinheiro em espécie para ocultar o pagamento da propina, inclusive com depósitos em empresas que mantinham vínculos com agentes públicos e de operadores financeiros. Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a licitações, lavagem de dinheiro e associação criminosa, dentre outros. Todos os presos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição do Juízo da 23ª Vara Federal de Curitiba.
Confira coletiva concedida pela força-tarefa da Lava Jato:

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