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Ele soa como nós': ex-líder da Ku Klux Klan elogia Bolsonaro



Porta-voz da supremacia branca nos EUA diz que capitão é 'totalmente um descendente europeu' e atacará 'criminalidade como a dos bairros negros do RJ


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Rosto mais conhecido da Ku Klux Klan (KKK) nos Estados Unidos, o historiador americano David Duke fez um raro comentário sobre a política brasileira no programa de rádio que comanda.
"Ele soa como nós. E também é um candidato muito forte. É um nacionalista", disse o ex-líder da KKK sobre Jair Bolsonaro.
"Ele é totalmente um descendente europeu. Ele se parece com qualquer homem branco nos EUA, em Portugal, Espanha ou Alemanha e França. E ele está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali, como por exemplo nos bairros negros do Rio de Janeiro", afirmou Duke - que frequentemente classifica o prêmio Nobel da Paz sul-africano Nelson Mandela como um "terrorista".
O historiador, conhecido por defender a supremacia branca e por até negar o Holocausto, também fez ressalvas à proxiimidade do candidato brasileiro com Israel, comparando o que classifica como "estratégia" de Bolsonaro à que teria sido adotada por Donald Trump, na visão dele.
Procurada por telefone e email na noite desta segunda-feira, a campanha de Jair Bolsonaro não comentou as declarações do ex-líder da KKK (a reportagem será atualizada caso a campanha se pronuncie sobre o caso). O candidato tem refutado acusações de que seja racista, homofóbico e misógino.

A Ku Klux Klan está presente na história americana desde o século 19. Defende a superioridade dos descendentes de europeus sobre negros e judeus e foi responsável por atos de terrorismo e linchamentos em comunidades formadas por negros nos EUA.
 
Um dos organizadores dos protestos em defesa da supremacia branca em Charlottesville, no ano passado, e cabo eleitoral de Donald Trump entre membros da extrema-direita americana (o presidente diz que não o conhece pessoalmente e que rejeita o apoio), Duke apontou Bolsonaro como parte de um fenômeno nacionalista global, mas fez ressalvas sobre sua proximidade com judeus, a quem acusou de promoverem uma "lavagem cerebral no mundo".
"Ele vai fazer coisas a favor de Israel, e acredito que ele esteja tentando adotar a mesma estratégia que Trump: acho que Trump sabe que o poder judaico está levando a América ao desastre, levando a Europa e o mundo ao desastre. Então, o que ele está tentando fazer é ser positivo em relação aos judeus nacionalistas em Israel como uma maneira de obter apoio", disse o americano.
'O incrível Bolsonaro'
Diferentemente de Duke, Bolsonaro mantém em sua vida política uma postura de proximidade com a comunidade judaica e a defesa do Estado de Israel.

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