Especialistas buscam explicações para erros em pesquisas
O resultado das eleições trouxe diferenças profundas com o que indicavam as pesquisas eleitorais até a véspera do pleito. O problema ocorreu nas disputas pela Presidência da República e pelo governo dos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo. Também houve erros na corrida ao Senado no Paraná, em que Oriovisto Guimarães (Podemos) e Flavio Arns (Rede) conseguiram as vagas deixando para trás o líder das pesquisas, Roberto Requião (MDB).
Pesquisas feitas com eleitores logo após o momento do voto erraram ao estimar os resultados para dez candidatos, entre eles, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais; e Geraldo Alckmin (PSDB)m em São Paulo. Em reportagem especial da revista Época esta semana, os profissionais da área buscam explicações. Segundo Márcia Cavallari, diretora do Ibope, em comparação com 2010, houve 30% a mais de eleitores que disseram ter votado em branco, nulo ou que estavam indecisos até a hora do voto e isso pode gerar distorções.
O presidente do comitê de opinião pública da Associação Brasileira de Pesquisa (Abep), João Francisco Meira, afirma que, muitas vezes, o eleitor não informa realmente em quem votou ou não admite que anulou o voto na pesquisa boca de urna. Para o senador eleito Flávio Arns, as pesquisas precisam rever a metodologia para as eleições. Ele era o quarto colocado nos levantamentos feitos para apurar a intenção de voto dos paranaenses. Mas ao final do resultado das urnas foi eleito como o segundo mais votado, com mais de 2,3 milhões votos.
Flavio Arns e Oriovisto Guimarães vão se juntar a Alvaro Dias (Podemos) no Senado, ocupando as três vagas do Paraná. Arns afirmou que esteve em 330 municípios do estado durante a campanha.



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