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Prefeitos do Vale anunciam medidas para conter gastos


Reunidos ontem em Apucarana, prefeitos que integram a Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) decidiram tomar algumas medidas de imediato para conter gastos neste final de ano. Eles reclamam que as prefeituras passam por dificuldades financeiras e precisam fazer adequações pontuais para fechar o exercício de 2018 obedecendo ao que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal. As recomendações, embora aprovadas de forma coletiva, serão adotadas de acordo com a conveniência de cada município.
Prefeitos entendem que a prioridade no momento Ć© fazer corte de despesas. Isto inclui redução de gastos com a folha de pagamento atravĆ©s do corte de horas extras e funƧƵes gratificadas, possibilidade de adoção de meio expediente para atendimento ao pĆŗblico, unificação dos horĆ”rios do transporte escolar oferecido pelo MunicĆ­pio e redução na prestação de serviƧos que nĆ£o sejam essenciais Ć  população.A maior reclamação dos prefeitos Ć© quanto Ć  queda da arrecadação, principalmente do Fundo de Participação dos MunicĆ­pios (FPM), somada ao aumento dos encargos com a folha de pagamento e das atribuiƧƵes repassadas aos municĆ­pios pelos governos federal e estadual. Eles tambĆ©m reclamam de exigĆŖncias do MinistĆ©rio PĆŗblico que, conforme assinalam, obrigam as prefeituras a prestar serviƧos Ć  população que nĆ£o estĆ£o incluĆ­dos no orƧamento municipal.“Estamos numa situação difĆ­cil, sem condiƧƵes de prestar serviƧos Ć  nossa população”, disse o prefeito de Marumbi, Adhemar Rejani (MDB), situação que foi manifestada tambĆ©m por outros prefeitos presentes na reuniĆ£o. 
“A cada dia a arrecadação cai e os encargos do municĆ­pio aumentam”, acrescenta Rejani.O prefeito de Apucarana e presidente da Amuvi, Beto Preto (PSD), frisou que a situação estĆ” mais complicada para os pequenos municĆ­pios, que dependem basicamente da receita do FPM, mas Ć© um problema que afeta a todos de modo geral. “Por isso estamos solidĆ”rios com as medidas propostas pelas prefeituras para conter gastos”, afirmou.As medidas anunciadas ontem fazem parte de um manifesto assinado pelos prefeitos da Amuvi endossando deliberaƧƵes tomadas pela Associação dos MunicĆ­pios do ParanĆ” (AMP) durante assembleia das associaƧƵes microrregionais de municĆ­pios realizada na Ćŗltima quarta-feira, em Curitiba. As decisƵes da Amuvi farĆ£o parte do documento final da AMP que serĆ” levado a conhecimento do Tribunal de Contas do Estado do ParanĆ” (TCE-PR), do MinistĆ©rio PĆŗblico Estadual, da Confederação Nacional dos MunicĆ­pios (CNM) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
AMP elabora documento com reivindicaƧƵes
Entre as reivindicaƧƵes contidas no documento da Associação dos MunicĆ­pios do ParanĆ” (AMP) estĆ£o as seguintes: que o governo federal crie o Conselho de GestĆ£o Fiscal, formado por representantes dos municĆ­pios, para efetivar a regulamentação e aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal junto Ć  Secretaria do Tesouro Nacional; que o Congresso Nacional coloque em votação e aprove os projetos referentes Ć  exclusĆ£o dos programas federais do cĆ“mputo de gastos de despesa de pessoal; e maior flexibilização frente Ć s imposiƧƵes de regras, multas e aplicabilidade de demais penalidades nas execuƧƵes orƧamentĆ”rias.MunicĆ­pios tambĆ©m alertam que algumas exigĆŖncias do MinistĆ©rio PĆŗblico das comarcas locais, atravĆ©s de recomendaƧƵes administrativas ou aƧƵes civis pĆŗblicas, acabam por comprometer o orƧamento sem o devido planejamento e podem prejudicar ainda mais o atendimento Ć  população. 

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