O ex-diretor da Secretaria de Educação (Seed) Maurício Fanini detalhou, em depoimento prestado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), como foi articulado o esquema por meio do qual foram aditivados contratos com a Valor Construtora – epicentro da Operação Quadro Negro. Segundo os relatos, o acerto envolveu o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), e o secretário da mesa-diretora, Plauto Miró (DEM). Ainda segundo Fanini, tudo contava com a aprovação do então governador, Beto Richa (PSDB).
“Conversei com o Ezequias [Moreira, então secretário de Cerimonial], com o Beto [Richa]. Daí o Beto me falou: ‘Se isso daí der errado, eu não sei de nada’. Isso ele me falou na época”, relatou o ex-diretor.
Fanini está preso desde setembro do ano passado, acusado de lavagem de dinheiro. O depoimento foi tomado em Brasília, para onde foi transferido por motivos de segurança. Ele foi ouvido por promotores dos grupos do MP-PR de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Proteção ao Patrimônio Público (Gepatria), no âmbito de um inquérito civil que terminou com Richa, Plauto e Rossoni denunciados por improbidade administrativa.
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