Brasilia - Projeto que prevê coincidência de mandatos tramita no Congresso
A Proposta de Emenda Constitucional 56/2019, do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), que prevê a ampliação dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores por mais dois anos, para que em 2022 o Brasil tenha eleições gerais está em tramitação no Congresso Nacional. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem acompanhado as discussões sobre o tema.
Pelo projeto, os gestores não poderão concorrer à reeleição, mesmo que no modelo atual tenham esse direito. Há uma corrente de congressistas que defende que os mandatos passem a durar cinco anos, a partir do próximo pleito. Com a alteração, os mandatos dos prefeitos e vereadores seriam estendidos e terminariam em 1º de janeiro de 2023, junto com os mandatos dos governadores, vice-governadores, deputados federais e deputados estaduais, eleitos em 2018.
Vantagens
Um dos parlamentares que tem defendido a proposta é o deputado Ronaldo Santini (PTB/RS). Para ele, a medida garantiria uma série de vantagens, a começar pelos custos de campanha – hoje financiada, principalmente, com o fundo partidário. Outra vantagem seria um debate maior, já nas eleições municipais, pois forçaria os candidatos a prefeito a terem uma posição clara sobre os presidenciáveis e os candidatos a governador, e vice-versa.
“Os partidos e agremiações políticas, tão fragilizadas em termos ideológicos, sairiam mais fortalecidos. Não se trata de obrigar ao cidadão a escolha de um voto vinculado, como ocorreu na eleição de 1982, quando os eleitores precisaram escolher os candidatos do mesmo partido, sob pena de anular todo o voto. Mas obrigaria o político local a se posicionar perante os temais nacionais, afinal, o nosso país começa na nossa cidade”, explicou o parlamentar.
Em entrevista à Agência de Notícias da CNM, o deputado contou que tem percorrido no Estado do Rio Grande do Sul todas as entidades microrregionais de Municípios para explicar e pedir apoio dos gestores na temática.
“O debate está aberto e precisa de uma contribuição maior de todos, até mesmo para alterar a PEC já apresentada. Não se trata de um privilégio para os atuais prefeitos e vereadores. O que não podemos mais aceitar, é que todos nós, ainda em ressaca do processo do ano passado, tenhamos que enfrentar em 2020 mais um período de marcha lenta nos municípios, e a cada dois anos sucessivamente”, ponderou o parlamentar.
Aroldi enfatizou ainda que a Confederação está atenta a esta proposição. “Nas discussões anteriores sobre a reforma política a CNM defendeu a coincidência de eleições para que os Orçamentos Públicos estejam alinhados, acabando com o descompasso que existe hoje em dia nas três esferas de governo”, destacou o líder do movimento municipalista.
O Presidente da AMP (ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO PARANÁ) e Prefeito de Pérola, Darlan Scalco, enviou convite aos Prefeitos e dirigentes de Associações Regionais de Municípios do Paraná, para que eles participem de reunião com a bancada federal do Paraná, sobre a unificação das eleições e a discussão sobre o tema de interesse dos municípios em tramitação no Congresso Nacional. A reunião foi marcada para o dia 04 de junho de 2019, ás 8:30 horas, no Salão Modulável da Sede da CNM - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS (SGAN 601 - Asa Norte, em Brasília). O referido convite é direcionado aos prefeitos e vereadores.
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