Rio Bom - Megaleilão do petróleo vai injetar R$ 1 milhão no município
O Senado Federal aprovou na noite de terça-feira (15) o projeto que define regras para a divisão, entre estados e União, dos recursos do megaleilão de petróleo marcado para o dia 6 de novembro.
O texto-base foi aprovado por unanimidade, por 68 votos a zero. Um único destaque, que aumentava a parcela de recursos para os estados do Norte e do Nordeste e para o Distrito Federal, foi rejeitado pelos parlamentares. A proposta segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O leilão corresponde à chamada "cessão onerosa", que trata do petróleo excedente de uma área da Bacia de Campos do pré-sal inicialmente explorada pela Petrobras.
O contrato da União com a estatal foi assinado em 2010 e previu a retirada de menor quantidade de barris do que o local possui. O governo prevê arrecadar R$ 106,5 bilhões com o volume extra.
O repasse aos estados seguirá um critério misto, com regras do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e da Lei Kandir, enquanto para os municípios segue o critério do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A divisão dos recursos ficou da seguinte forma: 15% para estados e Distrito Federal, R$ 10,95 bilhões; 15% para os municípios, R$ 10,95 bilhões; 67% para a União, R$ 48,9 bilhões; e mais 3% para o Rio de Janeiro onde estão as jazidas de petróleo, R$ 2,19 bilhões.
Os 399 municípios do Paraná vão receber um total de R$ 739.094.280,74. Para Rio Bom, será destinado um total de R$ 1 milhão de reais.
A nova versão do projeto possibilita que os municípios utilizem os recursos para reduzir déficit dos seus regimes previdenciários e com investimentos. No entanto, os senadores deram autonomia para os prefeitos gerirem os recursos, que devem entrar na conta depois do leilão, por meio da Secretaria do Tesouro nacional.
VERBA BEM-VINDA
Para o prefeito de Rio Bom, Ene Benedito Gonçalves (PSB), “este recurso extra representa um alívio para as prefeituras, além de movimentar a economia dos pequenos municípios”.
Conforme analisa Ene, embora o dinheiro não seja específico para pagar salários, o aumento da arrecadação, por si só, faz com que as prefeituras tenham uma folga dentro do limite de gastos com pessoal. “Se aumenta a arrecadação municipal, automaticamente cai o limite de gastos com a folha salarial”, avalia. Além disso, segundo ele, os recursos livres do município, que seriam utilizados para quitar débitos previdenciários, sobrarão para ser investidos em outros setores, inclusive no pagamento de salários e 13º salário, por exemplo.
Ainda o prefeito Ene Benedito Gonçalves (PSB). Segundo ele, os recursos próprios que a prefeitura iria usar para pagamento de dívidas previdenciárias poderão ser aplicados em outros setores, como no recape asfáltico com micro pavimento das ruas da cidade e pagamento a fornecedores. “Aquela angústia que a gente tem no dia a dia para quitar dívidas herdadas será um pouco aliviada”, avalia Ene.




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