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RIO BOM - ELEIÇÕES 2020

 

RIO BOM - ABSTENÇÃO NA ELEIÇÃO PODEM SER ALTA ALERTA VERMELHO



Uma baixa no entusiasmo com as eleições, causada pela falta de campanhas de rua mais fervorosas, e o medo de ir votar em razão da pandemia de Covid-19 podem aumentar a abstenção no próximo pleito municipal, de acordo com cientistas políticos ouvidos pela reportagem.

Lorena Barberia, professora da USP, afirma que, em outros países onde houve eleições durante a pandemia, pessoas que são consideradas de grupos de risco, como os que têm mais de 60 anos, compareceram menos às urnas.

Existe também a preocupação de que eleitores que se sentem mais afetados pela pandemia se sintam ameaçados com uma possível mobilização de grupos que não respeitam protocolos para evitar contágio, como o uso de máscara e distanciamento social. As informações são da Folha.

“Imagine um município pequeno, como Rio Bom, no Norte do Paraná, em que parte da população não acredita em usar máscaras, em distanciamento social, faz aglomeração, e eu, que estou no grupo de risco, gostaria de ir votar. Será que eu vou sair, arriscar a minha vida em frente a esse grupo que está mobilizado e me ameaçando?”, questiona um morador de Rio Bom.

“Essa é uma questão que nos Estados Unidos está se discutindo muito. Usar máscara é uma questão ideológica, que tem sido correlacionada muito ao governo do presidente Donald Trump [também candidato à reeleição]”, completa.

Um possível aumento da abstenção nesta eleição não se relaciona apenas a um eventual medo do contágio no dia da votação.

Segundo o cientista político Antonio Lavareda, a pandemia alterou também a própria gramática das campanhas. Isso porque, para evitar a disseminação do vírus, as grandes passeatas e tradicionais caminhadas pelo comércio da cidade não têm mais a dimensão que costumavam ter.

“Isso afeta o entusiasmo dos eleitores, e o baixo entusiasmo pode vir a produzir uma elevação importante de abstenções”, diz Lavareda.

Um segundo reflexo da pandemia que caracteriza esta eleição como atípica, segundo o especialista, é elas aconteceram em um período de crise econômica, em que “setores produtivos foram impactados duramente no país durante a pandemia”

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