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RIO BOM - HISTÓRIA DE TERROR

 

Rio Bom - História de terror

O FAZENDEIRO DE RIO BOM

A história de terror, "O fazendeiro de Rio Bom", conta a história aterrorizante de um fazendeiro que, após muitos anos de vida de trabalho árduo...continue lendo!

A cidadezinha de Rio Bom, fica no norte do paraná. Ela possui pouco mais de três mil habitantes e é um tipica cidade do interior. Lá, é aquele lugar onde todos se conhecem e a onde a rotina é sempre a mesma. Portanto, ás notícias se espalham com bastante facilidade. Assim que algo diferente acontece, logo todos ficam sabendo.
Como toda boa cidade do interior, ela é repleta de crendices e lendas populares. Já aconteceu de tudo um pouco em Rio Bom: pessoas que faleceram e foram vistas perambulando pela cidade; uma noiva que teria falecido minutos antes do seu casamento e ficava assombrando o campo de futebol, onde iria se casar, um senhor muito conhecido por se transformar em lobisomem; o aparecimento de uma mão que não era nem animal e nem humana; entre outros fatos curiosos.
Entre tanto, há uma história que até hoje assombra os moradores de Rio Bom e que vem atravessando gerações. Boa parte da população reside na zona rural onde o solo é muito rico, então, é natural morar e trabalhar nos sítios. E sempre foi assim. Rio Bom já teve mais de dez mil habitantes, mas isso foi antes de uma geada braba que matou a plantação que deu um grande prejuízo aos moradores. Estes, preferiram se mudar para grandes centros urbanos e lá, reconstruírem suas vidas. 
A história de Rio Bom, inicia-se com a vinda de pioneiros que adquiriram terras pela Companhia de Terras Norte do Paraná e vieram desbravar as matas nativas a fim de estabelecerem-se e viver do solo. Entre eles, veio um senhor muito rico que adquiriu uma faixa de terra enorme, que logo tomou forma de uma fazenda de muitos alqueires.
Ele tornou-se um homem muito mais rico do que já era com as terras que adquiriu, mas não gostava de dividir nada do que possuía. Tudo erá vendido, era estocado ou era regulado. Ele sabia exatamente quanto possuía de cereais, de leite, de gado e até mesmo de frutas no pomar.
Ele viveu pensando somente nos bens materiais. Não se casou e não teve descendentes que pudessem herdar toda aquela farta riqueza. Mesmo ele ficando velhinho, não abria mão de administrar a fazenda sozinho e mantinham a sua forma muquirana de ser. Até que, quando já estava beirando os cem anos, faleceu.
Como não havia herdeiros, todo mundo engordou os olhos na fazenda do velho falecido, esperando somente passar alguns dias para  poderem saqueá-la. Uns desejava o gado, outros vasculhar a casa em busca de dinheiro escondido, outros queriam apenas saborear as frutas do pomar. Mas de alguma forma, ninguém conseguia entrar na fazenda. Sempre que alguém estava na estrada principal para ir até lá, uma araucária caía sozinha, tornando a passagem impedida por vários dias. Foram diversas araucárias tombada sem motivo algum.
Até o dia em que uma rapaz foi atrevido o suficiente para pensar em uma rota que não precisasse da estrada principal, tomando trilhas e atalhos até chegas a sede da fazenda durante uma noite enluarada. Quando ele pensou já estar com as mãos na fortuna do velho, sentiu a presença de algo estranho e, antes mesmo que pudesse reagir, levou uma rasteira. Ele caiu e começou a apanhar com o rosto virado para a terra, por mais que tentasse ver quem estava o espancando, ele não conseguia. Ele foi se arrastando para fora da fazenda enquanto apanhava. Porém, em dado momento, ele conseguiu olhar em quem lhe agredia com tanto ódio, causando-lhe um pavor enorme. Ele estava apanhando de um ser que era humano e tinha o corpo seco, como de um defunto esquelético.
Por fim, ele conseguiu sair da fazenda e contou para algumas pessoas sobre o tinha visto. Lógico que ninguém acreditou. Porém, viram que realmente ele tinham hematomas e dava para acreditar que ele tinha apanhado muito, mas de um corpo seco? Fala sério! Ninguém acreditava.
Sua história só foi levando crédito quando outras pessoas também passaram a ter experiência com o corpo seco. Vária pessoa que tentaram levar algo da fazenda, teriam sido assombradas e espancadas por ele.
Uma senhora, vizinha da fazenda, era benzedeira. Uma figura bem comum do Norte do Paraná Pioneiro. Ela ensinava que as pessoas deviam rezar pelo corpo seco, pois erá o antigo fazendeiro que não conseguia descansar pela raiva das pessoas querem lhe roubar o que ele havia voltado para proteger seu patrimônio. Ela sempre dizia que buscava lenha na fazenda do corpo seco, porém, antes ela faziam muitas orações e lhe pedia permissão, justificava que precisava da lenha porque seu sitio era muito pobre e já não tinha mais nada. Com isso, ele deixava entrar  e levar a lenha que necessitava  para preparar alimento. Ela é a única que ainda se arriscava a ir naquele lugar.
O temor pelo corpo seco foi tão grande que a fazenda ficou abandonada e, até hoje, ninguém mais tentou invadi la ou cultivar sua terras. Ela permanece intacta e a fama do corpo seco atravessou gerações. Quando se houve este nome, os rio bonenses tremem de receio e ninguém ousa desafiá-lo novamente.  

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