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Jamil Janene aciona Polícia Militar na Câmara para prender Boca Aberta


Boletim de Ocorrência sendo feito na Câmara. Foto: Neto Almeida
Boletim de Ocorrência foi realizado na Câmara. Foto: Neto Almeida
A presença do ex-vereador Émerson Petriv (PROS), mais conhecido como Boca Aberta, na Câmara Municipal de Londrina causou um tumulto na tarde desta terça-feira (18). Boca pretende retornar ao legislativo ainda nesta semana e estava concedendo entrevista coletiva à imprensa sobre sua volta na frente do prédio. Dentro da Casa, estava o vereador Jamil Janene (PP) que acionou a Polícia Militar alegando o descumprimento de uma medida cautelar.
A Justiça determinou no final do ano passado que Boca ficasse pelo menos a 500 metros de distância de Janene e Mário Takahashi (PV). Em março, o juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, reduziu a distância mínima de 500 para 100 metros. Na semana passada, uma ordem judicial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) suspendeu a cassação de Boca e garante sua cadeira na Câmara.
O advogado de Janene, Marcos Prochet Filho, explicou que mesmo com essa decisão, a medida cautelar continua vigente. “Essa decisão não cassou nenhuma medida. O Boca Aberta estava aqui na frente, razão em que acionamos a polícia para que fosse tomada as medidas cabíveis. Estamos lavrando um Boletim de Ocorrência neste exato momento, será anexado ao processo e o juiz será informado do descumprimento da medida, com certeza, e pode lhe causar a prisão”, afirmou o advogado.
Quando percebeu a presença de três viaturas da PM e vários policiais no local, Boca foi embora rapidamente. A reportagem não conseguiu contato com ele após o ocorrido desta tarde. Prochet Filho afirma que Janene teme a aproximação do ex-parlamentar. “Ele já fez diversas ameaças para o Jamil Janene, que teme sua integridade física”, disse.
Posse de Boca AbertaMesmo com a determinação judicial, na próxima quinta-feira (20) é possível que Boca e Janene fiquem a menos de 100 metros de distância. A Câmara já foi intimada da suspensão da cassação e deverá dar posse novamente à Boca em menos de 48 horas, ou seja, provavelmente na próxima sessão ordinária, marcada para tarde de quinta.
O ex-vereador foi cassado em outubro de 2017 por realizar uma vaquinha virtual para pagar uma multa eleitoral. Ele também afirmou que vai solicitar os salários retroativos, cerca de R$ 120 mil, e promete doar aproximadamente R$ 100 mil do valor ao Hospital do Câncer. José Roque Neto (PR) é o suplente e deverá ceder sua cadeira.

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