Londrina - Saúde: Londrina chegaria em maio com 26 mil casos da Covid-19 sem isolamento
A Secretaria Municipal de Saúde apresentou que Londrina poderia chegar aos 26.507 casos de coronavírus em três de maio se as medidas de isolamento social ampliado não tivessem sido adotadas entre março e abril. O cálculo foi feito por uma docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL) a partir de dados disponibilizados pelo município. De acordo com Felippe Machado, secretário municipal de Saúde, sem a suspensão das atividades econômicas a cidade já teria 3.934 em 18 de abril. Atualmente são 97 confirmações da doença.
“Se não tivéssemos fechado, nossa linha de tendência ia continuar vermelha. Com a diminuição da mobilidade urbana e circulação, diminuímos o R0 da doença, que começou com 1.44, ou seja, uma pessoa contaminada estava transmitido para quase uma pessoa e meia. Com as medida não farmacológicas, esse R0 diminuiu para 1.04, passou para uma pessoa só. Se analisar em números absolutos, parece que não é nada. Em número de caso representa cerca de 3.800 a menos em Londrina (em abril)”.
As atividades econômicas foram suspensas na cidade a partir de 23 de março, com comércio, construção civil e indústrias não funcionando por quase um mês. Com o retorno, seguindo uma série de medidas de prevenção e combate à Covid-19, a prefeitura projeta que Londrina chegue em três de maio com 195 positivações. “A partir do momento que reabrimos o comércio, a tendência natural é aumentar o R0. Seriam mais 99 casos até o dia três de maio”, afirmou Machado, que ainda destacou que a curva da doença no município foi achatada.
Incidência nas regiões
Durante live nas redes sociais na noite de domingo (26), o secretário de Saúde e o prefeito, Marcelo Belinati (PP), ainda apresentaram o perfil do novo coronavírus em Londrina. A incidência do vírus na cidade é maior na região sul e no centro, com 38 e 18 confirmações até 22 de abril, respectivamente. Somente a UBS (Unidade Básica de Saúde) que atende a Gleba Palhano concentra 30 casos.
“São núcleos de pessoas que tiveram contato com a doença, com cada pessoa com uma história. Os casos da Gleba Palhano foram no início da pandemia, pessoas que estiveram fora do País, outros casos de profissionais de saúde. A ramificação começou a chegar nas periferias pela transmissão comunitária”.
FELIPPE MACHADO
FELIPPE MACHADO
Belinati voltou a pedir a colaboração da população para evitar a propagação do coronavírus, respeitando as regras de casa e só saindo se for necessário. “Não tem como o poder público estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Então, precisamos da ajuda de todos. Todas as decisões são baseadas em dados epidemiológicos, com ressalva da necessidade de ampliar as medidas de segurança. Se as pessoas não ajudarem, fica difícil”, apontou.
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Incidência da doença na cidade até 22 de abril. Foto: Divulgação
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